sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Notícia do "Público"


Número de animais vítimas de abandono continua a aumentar
04.10.2009
Paula Torres de Carvalho

Todos os dias chegam notícias de mais animais abandonados à associação Animal e à Liga Portuguesa dos Direitos do Animal. Todos os dias lá dão entrada mais pedidos de ajuda para despesas de saúde e alimentação de animais domésticos. A crise económica contribuiu para piorar a situação, reconhece Catarina Gouveia, dirigente da Liga, no dia em que se comemora mais um Dia Mundial do Animal.

Esta preocupação é partilhada por Rita Silva, presidente da direcção da Animal, que confirma que tanto o número de "animais errantes" como dos que são vítimas de abandono ou já nasceram nas ruas tem vindo a "aumentar muito". Segundo Rita Silva, isso nota-se "até com o aumento do número de associações de protecção dos animais". "Num momento em que é anunciada uma grave crise financeira e se pede contenção de gastos, o elo mais fraco são os animais", lamenta.

Catarina Gouveia reconhece que, em Portugal, tem sido feito "um caminho" de progresso na defesa dos direitos dos animais. Mas há ainda "muita coisa por fazer", nomeadamente no que respeita à legislação. A que existe é apontada como "fraca, omissa e, em alguns casos, desadequada" por Rita Silva, e muitas vezes não é sequer cumprida. Por exemplo, "é muito frequente as autoridades responderem mal e demoradamente a queixas e denúncias de crueldade, abandono e negligência", acrescenta.

Decisão para a vida

A "falta de educação da comunidade quanto ao que significa adoptar um animal e de como essa deve ser uma decisão para toda a vida" é um dos motivos que, para esta dirigente da Animal, explica o aumento do abandono de cães e gatos. As suas críticas vão ainda para o facto de não existirem benefícios fiscais para as famílias que têm animais a viver consigo no que respeita aos cuidados de saúde e à sua alimentação, o que considera "vergonhoso".

Rita Silva nota também que "cada vez mais os outros Estados-membros da UE estão a legislar no sentido de conferir um maior e melhor grau de protecção aos animais", nomeadamente no que se refere à proibição de uso de animais em circos e à criminalização dos maus tratos a animais. Portugal ainda tem esse caminho a fazer.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Visita à "Focinhos e Bigodes"

Depois de tudo combinado, no dia 6 de Novembro, finalmente visitámos a instituição Focinhos e Bigodes. Após algumas dificuldades iniciais, lá conseguimos encontrar o local pretendido onde fomos bastante bem recebidos por uma simpática senhora chamada Ana Francisco.
Apesar de, à primeira vista, não parecer reunir as condições necessárias, cedo descobrimos que as aparências iludem. Os cerca de 70 animais estavam comodamente alojados em 300 metros quadrados, em amplas 'boxes' (limpas diariamente). Um dos cerca de 20 voluntários explicou-nos o processo de limpeza e manutenção das 'boxes', bem como os cuidados que tinham com os animais, no que toca à alimentação, passeios, saúde e até mesmo bem-estar.
Os principais objectivos da "Focinhos e Bigodes" consistem na recolha de animais abandonados, assim como alimentação dos mesmos. Neste momento a instituição encontra-se lotada e, para tentar superar os custos inerentes, promove campanhas de recolha de alimentos, assim como apadrinhamento e, obviamente, adopção.
Ao ver tantos animais abandonados, ficámos mais motivados para os ajudar e para nos empenharmos ainda mais no nosso projecto pois, como diz Ana Francisco: "os animais merecem!".